terça-feira, 2 de junho de 2009

Esquizofrenia

Esquizofrenia

Doença recorrente crónica, susceptível de ser emocionalmente destruidora. O termo foi utilizado pela primeira vez pelo psiquiatra suíço Eugen Bleuler no início do século XX, com base no conceito do psiquiatra alemão Emil Kraepelin, que descreveu a “dementia praecox” como uma doença degenerativa, caracterizada por desorganização do pensamento, incapacidade de fazer associações lógicas, apatia e indiferença afectiva.

 

Sintomas

Em termos sindromáticos, a esquizofrenia divide-se em dois grandes tipos, com sintomas distintos.

• Tipo I ("positiva") Caracteriza-se por sintomas psicóticos "positivos", como pensamentos delirantes incoerentes e alucinações. Frequentemente, o humor é estranho e a aparência e o comportamento dos indivíduos também: a expressão do olhar é confusa ou perplexa e parece estarem a reagir a fenómenos intensos, como alucinações, e não ao ambiente exterior. Em geral, a esquizofrenia de tipo I manifesta-se de forma súbita.

• Tipo II ("negativa") É o tipo que mais se assemelha à descrição de “dementia praecox”, apresentada por Kraepelin, caracterizando-se por sintomas "negativos". Manifesta-se, em regra, de forma gradual e, paradoxalmente, é aquela com a qual a família e os amigos têm mais dificuldade em lidar, ao contrário do que sucede com a de tipo I, mais excêntrica e bizarra. O que se compreende, pois, na esquizofrenia de tipo I, os sintomas de doença são mais óbvios, enquanto na de tipo II o indivíduo se torna aparentemente indiferente, sem motivação, incapaz de comunicar, de cumprir as rotinas diárias, de se levantar, de se lavar e de cuidar de si. Os padrões de vigília e sono também se alteram: o indivíduo dorme de dia e mantém-se activo toda a noite.

 

Causas

As causas são múltiplas. Entre os factores genéticos, há muitas vezes uma história familiar da doença. Os parentes próximos poderão não ter esquizofrenia, mas apresentar comportamentos estranhos ou excêntricos que fazem lembrar a pessoa afectada. Em casos esporádicos, a doença pode resultar de lesões do parto. Já se sugeriu que as infecções contraídas pela mulher grávida, nomeadamente o vírus da gripe, poderão contribuir para o desenvolvimento da esquizofrenia. Não está provado que a educação e a atitude dos pais causem a doença.

A prevalência da doença é maior nos homens, sendo também entre estes que se manifesta mais cedo, entre o final da adolescência e os primeiros anos da idade adulta, enquanto nas mulheres as primeiras manifestações costumam ocorrer entre os 25 e os 30 anos de idade.

Sabe-se que existem anomalias no sistema de dopamina no cérebro destes doentes, mas o conhecimento actual aponta para a intervenção de neurotransmissores na manifestação da doença. A chamada hipótese da dopamina está na base da acção de muitos fármacos antipsicóticos, mas, como estes agem numa larga rede de sistemas neuroquímicos, é provável que todos contribuam de algum modo para os efeitos antipsicóticos.

 

Diagnóstico

É efectuado com base na história clínica. Não há testes objectivos para a esquizofrenia nem esta provoca anomalias visíveis na estrutura do cérebro.

E a continuidade dos sintomas e os seus efeitos na atitude relacional e social do doente ao longo

do tempo que confirma o diagnóstico.

 

Tratamento

O tratamento é pluridisciplinar e envolve médicos, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais e outros. O objectivo das organizações de apoio na comunidade, quando as há, é contribuir para a reintegração do indivíduo na sociedade. O tratamento deve ser faseado. Na fase aguda, visa-se tratar os sintomas psicóticos e minimizar o sofrimento do doente com a introdução de medicamentos antipsicóticos e tranquilizantes, nem sempre sendo necessário recorrer à hospitalização. A segunda fase do tratamento incide nos sintomas e também no processo de reintegração na sociedade. A prevenção da recaída depende, em larga medida, do cumprimento da medicação, que deverá ser para toda a vida, mas isso não é tudo. Com efeito, é crucial o apoio da família e da comunidade.

Todavia, nem todo o apoio é útil. Alguns estudos inovadores têm-se debruçado sobre a forma como a família interage com o doente esquizofrénico. Se a família reage emocionalmente de forma exagerada, com superprotecção ou crítica constante (emocionalidade expressa), é mais frequente haver recidivas, sobretudo se o doente não toma a medicação. Ao invés, os resultados são melhores quando a família é mais tolerante, dá mais espaço ao doente e não se envolve excessivamente, demonstrando uma reacção emocional mais discreta.

O doente esquizofrénico tem dificuldades no desempenho social, pelo que é importante acompanhar e orientar a sua forma de inserção. Os cuidados na comunidade nada significarão se o doente não tiver uma rede de apoio e for deixado sozinho sujeito a situações desfavoráveis. Nesses casos, as recaídas são quase inevitáveis.

Em suma, a base do tratamento de longo prazo capaz de assegurar uma boa evolução, com bom desempenho social e sem deterioração significativa das capacidades afectivas e intelectuais, consiste na terapêutica de manutenção com antipsicóticos e num sistema de apoio socioprofissional suficiente e adequado, apoio à família, comunidades terapêuticas, hospital de dia e empregos protegidos, por exemplo.

 

Prognóstico

Cerca de um terço dos esquizofrênicos recuperarão, se devidamente medicados, parte considerável da sua capacidade de funcionamento. Muitos conseguem trabalhar, às vezes, em actividades de grande responsabilidade e elevado grau de exigência. O regresso ao trabalho é um processo lento, que, para ser bem-sucedido, deve ser feito de forma gradual. Uma parte significativa, talvez um terço, dos esquizofrênicos, estabiliza, enquanto outra parte verá o seu estado deteriorar-se.

O tratamento médico é ineficaz em 25% destes doentes, que são descritos como "resistentes ao tratamento" e para quem até há bem pouco tempo quase não havia opções. No entanto, novos fármacos neurolépticos vieram modificar as perspectivas de muitos destes doentes. Infelizmente, subsiste um núcleo resistente que não responde a nenhuma forma de tratamento e para quem o prognóstico é, de facto, muito negativo. A taxa de suicídio entre os esquizofrênicos é elevada, rondando os 10%, dez vezes superior à da população em geral. As reacções são depressão frequente e o seu diagnóstico é fundamental, mas o tratamento com antidepressivos deve ser muito cuidadoso, pois pode agravar os sintomas positivos.

1 comentário:

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