terça-feira, 2 de junho de 2009

Perturbação delirante monossintomática

Perturbação Delirante Monossintomática

Os delírios são ideias fixas e desadequadas que não são passíveis de discussão ou correcção. As pessoas em delírio têm a convicção absoluta de que as suas ideias reflectem a realidade e não fazem qualquer autocrítica.

A perturbação delirante é diagnosticada em casos em que alguém tem o pensamento normal acerca da maior parte das coisas, mas delírios bizarros sobre determinado assunto. Um exemplo incomum é a erotomania (ou síndrome de Clérambault), em que o indivíduo afectado "sabe" que outra pessoa, normalmente com um estatuto social superior, está apaixonada por si (mais frequente se o objecto da paixão for mulher), apesar da inexistência de prova credível. Um outro exemplo, mais comum, envolve alguém que tem pontos de vista razoáveis em relação a muitas coisas, mas que tem a certeza de que o seu vizinho lhe quer fazer mal (por exemplo, intoxicando-o lentamente com gás) delírio paranóide.

A distinção entre perturbação delirante e perturbações psicóticas, como a esquizofrenia, tem que ver com o facto de, no caso desta última, os delírios serem acompanhados de outras perturbações do pensamento e da percepção. O tratamento envolve antipsicóticos, mas, como a pessoa afectada normalmente não reconhece que tem um problema, costuma ser complicado conseguir que se trate. Mesmo que o doente tome a medicação e aceite outras formas de tratamento, os delírios crónicos são manifestamente difíceis de tratar.

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