terça-feira, 2 de junho de 2009

Síndrome de la Tourette

Síndrome De La Tourette

Perturbação caracterizada por tiques motores e vocalizações compulsivas.

 

Sintomas

O sintoma mais frequente é a coprolalia (articulação involuntária de linguagem obscena), mas uma criança afectada poderá também repetir palavras ou frases ouvidas (ecolalia) ou imitar o comportamento de outra pessoa (ecopraxia). A doença manifesta-se de início também por movimentos anormais e involuntários da cabeça, que depois se estendem ao pescoço, aos membros e ao tronco. A intensidade dos movimentos é variável, mas os tiques podem agravar-se em situações de stress. Os surtos tanto podem ocorrer várias vezes ao dia como desaparecer durante semanas ou meses. A doença é diagnosticada quando os tiques se manifestam ao longo de um ano, com um intervalo livre de sintomas não superior a três meses.

A coprolalia é um tique vocal, por vezes sob a forma de gritos. Nos casos mais graves, as crises podem continuar incessantemente durante o dia e só parar durante o sono. Os tiques, que podem ser simples ou complexos, envolvem, por exemplo, cuspidelas ou até cambalhotas.

Há situações em que o praguejar constante apenas indica um vocabulário limitado, seja por a escolaridade ter sido limitada, por hábitos socioculturais ou como sequela de uma lesão na cabeça ou AVO O que importa reter é que a utilização de vocabulário obsceno na síndrome de La Tourette é explosiva, compulsiva e descontextualizada.

 

Causas

Admite-se que a síndrome resulte de uma perturbação dos gânglios basais, núcleos de células nervosas profundamente inseridas no cérebro que, entre outras coisas, modulam os movimentos. Apesar de ser hereditária, menos de metade dos filhos de uma pessoa com esta síndrome virá a sofrer desta ou outra perturbação dos movimentos.

 

Diagnóstico

É feito com base na história clínica e na observação dos movimentos anormais. Não existem exames específicos para esta síndrome, que se acompanha muitas vezes de perturbação de hiperactividade e dificuldade de aprendizagem.

 

Tratamento

Prescrevem-se doses baixas de antipsicóticos (em especial, haloperidol) ou clonidina. Tentou-se, ocasionalmente, a psicocirurgia, mas os resultados são equívocos e esta terapia está actualmente abandonada.

 

Prognóstico

E variável. Algumas pessoas respondem bem à medicação e levam uma vida normal. Outras apresentam maior resistência e requerem um tratamento mais intensivo e maior controle. São aconselháveis períodos de internamento que permitam aos pais e à família descansar das exigências decorrentes da vida com uma criança afectada.

Sem comentários:

Enviar um comentário