Perturbação De Hiperactividade e Dificuldade De Aprendizagem
A perturbação psiquiátrica mais frequente nas crianças. As afectadas tendem a apresentar dificuldades comportamentais, mas são raros os casos em que tais dificuldades são vistas como autênticas perturbações psiquiátricas.
Causas
Alguns estudos indicam que a PHDA é hereditária. Contudo, como se trata de uma perturbação muito comum, é bem possível que possa surgir mais do que uma vez em famílias mais extensas e sem que tenha necessariamente de haver uma componente genética envolvida. Embora controversos, alguns estudos realizados nos EUA sugerem que até 10% das crianças sofrem de PHDA, sendo que os rapazes têm três vezes mais probabilidade de serem afectados do que as raparigas. E mesmo os adultos podem sofrer desta perturbação.
Sintomas
Alguns sintomas persistentes de falta de atenção patológica:
• Incapacidade para se concentrar nos deveres ou nas actividades lúdicas;
• Tendência para perder coisas;
• Incapacidade para seguir instruções;
• Falta de organização ou de perseverança.
A criança (ou o adulto) revelará sinais de hiperactividade e impulsividade, como, por exemplo, tendência para se distrair, incapacidade para ficar sentado, irrequietude, energia inesgotável e tagarelar incessante. Esta perturbação surge antes dos 7 anos e os sintomas tanto se manifestam na escola como em casa.
Diagnóstico
Depende exclusivamente da história clínica. Existem muito poucos, ou nenhuns, testes que permitam aferir com objectividade a PHDA. A falta de atenção, a hiperactividade e a impulsividade podem ser medidas de forma mais formal por meio de testes psicológicos, mas este tipo de avaliação não é objectivo.
Tratamento
As opções de tratamento são controversas. Têm sido amplamente utilizados nos EUA e são-no cada vez mais na Europa medicamentos à base do estimulante metilfenidato. Muitas pessoas manifestam-se, no entanto, preocupadas com a prescrição de fármacos tão potentes a crianças, pois não existem estudos controlados sobre os seus efeitos a longo prazo. Os mais cépticos em relação a esta medicação preferem uma abordagem educacional, talvez por meio de apoio individual, reconhecendo-se que algumas crianças são incapazes de trabalhar numa sala de aula, mas que respondem de forma positiva ao tratamento individualizado. Se é verdade que este tipo de abordagem tem os seus méritos, existem muitos estudos e relatos pessoais convincentes acerca da notável eficácia de alguns fármacos em crianças que eram até então totalmente incontroláveis.
Muitos outros tratamentos para a PHDA têm sido propostos, incluindo tratamento psicológico, manipulação alimentar, tratamentos à base de plantas e biofeedback. Apesar de não haver provas convincentes de que algum destes tratamentos resulte, é possível que, em certos casos, valha a pena experimentar algum deles.
Prognóstico
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