terça-feira, 2 de junho de 2009

Perturbação Psicótica Breve

Perturbação Psicótica Breve

Crise psicótica que se desenvolve na sequência de situações muito stressantes. Estes episódios, limitados no tempo, duram entre um dia e um mês. Em geral, quanto mais rápido for o aparecimento, mais breve será a recuperação.

 

Causas

As causas não são de imediato identificáveis. Este estado é, em princípio, considerado como uma reacção a um choque emocional ou cultural, por exemplo. A perturbação psicótica breve tem sido também ligada ao consumo de drogas, sobretudo anfetaminas, cocaína, crack, e alucinogénios, como o ecstasy.

 

Sintomas

São os mesmos de uma perturbação psicótica, delírios, alucinações, discurso incoerente e comportamentos anormais.

A primeira vista, a perturbação psicótica breve assemelha-se a um episódio esquizofrénico agudo. Porém, como o próprio termo indica, a perturbação psicótica breve cessa ao fim de pouco tempo, normalmente após cinco a sete dias mesmo sem tratamento. Normalmente é necessário recorrer a medicação para reduzir a angústia causada pelos sintomas psicóticos experimentados pela primeira vez.

A perturbação psicótica breve pode por vezes ser uma forma inicial de esquizofrenia. Neste caso, os indivíduos podem ter vários episódios psicóticos breves, voltando depois a um nível de funcionamento ligeiramente inferior ao inicial. Pode então sobrevir um episódio do qual não recuperem espontaneamente, necessitando de tratamento a longo prazo.

 

Diagnóstico

E efectuado através da história clínica e dos sintomas. Convém fazer análises de sangue e de urina para despistagem de drogas, mas a presença ou ausência destas não é suficiente para um diagnóstico. Não existem outros testes objectivos para esta perturbação.

 

Tratamento

A perturbação psicótica breve resolve-se espontaneamente ao fim de cinco a dez dias c o tratamento contínuo não é uma necessidade. No entanto, se os episódios se repetirem, é possível que um tratamento de longo prazo com os medicamentos antipsicóticos habitualmente usados na esquizofrenia seja mais eficaz. Durante a fase inicial, quando a pessoa está muito perturbada, deve recorrer-se igualmente a medicação sedativa.

 

Prognóstico

É variável. Muitas pessoas poderão ter, no máximo, dois episódios de perturbação psicótica breve, relacionados normalmente com períodos de stress intenso ou com consumo excessivo de drogas num curto lapso de tempo. Recuperam espontaneamente, voltam ao seu nível de funcionamento normal e, neste caso, o prognóstico é excelente. Porém, quando os episódios se repetem, induzindo crises psicóticas cada vez mais longas, estamos provavelmente perante um diagnóstico de esquizofrenia e então as perspectivas são menos animadoras.

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