terça-feira, 2 de junho de 2009

Perturbação psicótica partilhada

Perturbação Psicótica Partilhada

Este distúrbio foi descrito pela primeira vez na década de 1870 como "folie à deux". A principal característica consiste na transmissão dos sintomas mentais de uma pessoa para outra, e só raramente para mais do que uma, que integre o círculo de relações íntimas da primeira c partilhe das mesmas ideias delirantes. Em regra, são marido c mulher e a extensão da partilha depende de quem domina a relação. Assim, se o indivíduo psicótico é o elemento dominante, o outro é "contagiado" pelo delírio.

 

Sintomas

Os delírios são normalmente persecutórios ou hipocondríacos. Em geral, o doente inicial sofre de uma perturbação do comportamento e "injecta" os seus delírios no companheiro. Este pode continuar a sofrer da perturbação delirante mesmo separado do doente inicial.

 

Tratamento

E idêntico ao de qualquer outra doença psicótica. De notar que a grande maioria das pessoas que coabitam com um doente psicótico não adquirem, elas próprias, psicoses. A perturbação psicótica partilhada é, pois, um distúrbio raro e pode ser difícil de tratar. Por vezes, é preciso internar ambos os doentes, sendo imprescindível o acompanhamento a longo prazo. A separação pode bastar à cura do indivíduo onde o delírio era induzido, sem ser preciso medicação, obtendo-se bons resultados em metade dos casos.

 

Prognóstico

Se a situação que deu origem à perturbação psicótica original se repetir, então é provável que ocorra uma recidiva. O prognóstico é, porém, favorável desde que a medicação seja correctamente tomada.

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