terça-feira, 2 de junho de 2009

Perturbação obssessivo-compulsiva (POC)

Perturbação Obsessivo-Compulsiva (POC)

Perturbação da ansiedade potencialmente incapacitante, que varia entre ligeira e grave e pode persistir durante toda a vida. O doente está preso num padrão de pensamentos e comportamentos repetitivos de tal modo intensos que o trabalho, o ambiente em casa e a escola se ressentem.

 

Sintomas

Predominam os medos persistentes de que algo de mau aconteça, o medo de contaminação ou a obsessão de fazer as coisas correctamente (perfeccionismo), o que conduz à ansiedade permanente, que pode ou não estar associada a comportamentos compulsivos e repetitivos (compulsões), como perder muito tempo na realização de tarefas simples, lavar as mãos ou ordenar objectos. São frequentes os rituais de verificação, como verificar repetidamente se o gás ou a porta da rua estão fechados.

A maioria das pessoas que sofrem de POC têm consciência de que as suas obsessões e compulsões são desnecessárias e sem sentido, sobretudo quando não as estão a realizar, mas outras consideram-nas válidas. Muitos destes doentes conseguem controlar o seu comportamento durante meses ou anos, mas outros são dominados pela POC e a vida fora de casa torna-se difícil. Muitos só procuram ajuda quando a perturbação já invadiu consideravelmente a sua vida e a dos seus familiares.

Tratamento

A medicação antidepressiva e a terapia comportamental, utilizadas isoladamente ou em associação, podem ser úteis. Os antidepressivos inibidores da receptação da serotonina usados em doses elevadas têm grande eficácia no tratamento destes doentes. O tratamento é prolongado (1 a 2 anos) e muitas vezes para toda a vida do doente.

A terapia comportamental é por vezes útil. Por exemplo, num ambiente controlado e com o terapeuta presente, o doente pode ser encorajado a tocar um objecto que acredite estar contaminado e, depois, a resistir aos rituais de lavagem. Esta abordagem implica um apoio considerável da família e dos amigos, bem como motivação por parte da pessoa, mas os doentes ficam mais libertos dos pensamentos obsessivos e resistem às suas compulsões. Segundo estudos efectuados nos EUA, em mais de três quartos das pessoas cuja terapêutica farmacológica foi complementada por psicoterapia cognitivo-comportamental não sobrevêm recaídas quando a terapia cessa.

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