terça-feira, 2 de junho de 2009

Perturbação Afectiva Sazonal

Perturbação Afectiva Sazonal

À medida que o número de horas diurnas diminui no hemisfério norte, o humor de muitas pessoas deprime-se e assim se mantém durante os meses frios e quase sem sol, só começando a melhorar com a chegada da Primavera.

 

Sintomas

Os principais são o humor deprimido, falta de energia, irritabilidade, ansiedade, dificuldades de concentração, diminuição do apetite sexual e insociabilidade, características comuns a todas as depressões. Mas outros sintomas se juntam a estes: hipersónia (dormir muitas horas de noite e sonolência de dia), mais apetite, sobretudo consumo excessivo de chocolates e outros hidratos de carbono (o que leva a um aumento de peso), características que fazem lembrar, noutros mamíferos, a hibernação.

A PAS poderá estar relacionada com a produção em excesso de melatonina, hormona produzida pela glândula pineal, situada no interior do encéfalo. A melatonina, segregada em maiores quantidades durante a noite, ajuda a induzir o sono. A luz intensa, escassa durante os períodos mais rigorosos do Inverno, parece impedir a secreção de melatonina, pelo que a fototerapia é útil nesta forma de depressão.

 

Tratamento

A fototerapia é a principal forma de tratamento pelas seguintes razões:

• É usada uma fonte de luz muito mais intensa que a luz de iluminação doméstica.

• É aplicável a qualquer hora do dia.

• Uma exposição de quatro horas diárias é suficiente.

• A intensidade efectiva do estímulo luminoso varia entre 2500 e 3500 lux à distância de 1 m. Como termo de comparação, no interior da maioria das casas a intensidade da luz é de 250-300 lux e, num escritório bem iluminado, poderá atingir 500 lux. Os níveis de luz numa manhã luminosa de Primavera chegam aos 20 000 lux; num dia de Verão, aos 100 000 lux.

    Actua através dos olhos e não através da pele.

    Ao fim de poucos dias, produz efeito que desaparece rapidamente se o tratamento não for regular e contínuo.

Outra técnica consiste na estimulação ao amanhecer. O doente, ainda adormecido, é exposto a uma luz branca que aumenta gradualmente de brilho a partir das 04.30, até atingir, ao fim de 90 minutos, um máximo de 250 lux. Este processo parece ser mais eficaz que a luz muito intensa, ainda que o nível de estimulação luminosa seja relativamente baixo e os olhos estejam fechados. Se for possível garantir que os doentes acordem às 6 da manhã, isso fará provavelmente que tenham um padrão de sono regular e controlem melhor a sonolência diurna.

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